Estudo realizado no Hospital Cristo Redentor é tema de palestra em evento internacional

Estudo realizado no Hospital Cristo Redentor é tema de palestra em evento internacional

Foi realizado, entre os dias 3 e 6 de agosto, o IV Congresso Internacional de Neurointensivismo (CONINI), promovido pela Associação Brasileira de Neurointensivismo (ABNI). Uma das palestrantes foi a médica intensivista do Hospital Cristo Redentor (HCR) Carla Bittencourt Rynkowski.

Os dois primeiros dias do evento foram dedicados ao pré-congresso com cursos de especialização, práticos e de atualização em áreas específicas do neurointensivismo. Carla foi uma das coordenadoras do curso de Doppler transcraniano, um exame não invasivo e indolor utilizado para avaliar a circulação sanguínea dos principais vasos intracranianos.

Nos dois dias seguintes ocorreu o congresso propriamente dito, onde Carla atuou como uma das moderadoras da mesa sobre “Manejo do traumatismo cranioencefálico moderado a grave” e fez sua palestra com o tema “Ácido tranexâmico na hemorragia subaracnóide: há espaço para o uso ou para mais pesquisas?”, em que falou sobre os resultados obtidos em uma pesquisa feita pelo Hospital Cristo Redentor para saber se o medicamento anticoagulante conhecido como ácido tranexâmico poderia evitar o ressangramento causado pela hemorragia subaracnóidea e, assim como outros estudos, não encontrou esse benefício.

O Hospital Cristo Redentor é um centro de referência em hemorragia subaracnóidea. “Para que um hospital seja considerado um centro de referência, ele precisa atender pelo menos trinta casos por ano. O Cristo Redentor atende cerca de noventa”, explica Carla.

Outros estudos

A médica intensivista também destacou outros estudos que foram desenvolvidos pelo Hospital Cristo Redentor e que já foram publicados em revistas internacionais especializadas, como a pesquisa que demonstra a importância da avaliação especializada com Doppler transcraniano precoce para predizer desfecho na hemorragia subaracnóidea.

Também foram publicados estudos que demonstram a importância do fechamento da “falha” que fica na cabeça pela retirada de parte da calota em situações extremas como hipertensão intracraniana. Foi demonstrada a importância de se fazer esse fechamento assim que possível, pois os pacientes melhoraram clínica e funcionalmente, do fluxo cerebral e ainda dos biomarcadores de neuroplasticidade.

Além das pesquisas já publicadas, atualmente a UTI do HCR participa em diversas pesquisas nacionais, latino-americanas e internacionais, sendo destaque em muitas como o centro que mais recruta pacientes para os estudos. “Vemos que, além da grande capacidade do HCR de produzir dados que contribuem para a ciência, é por meio da pesquisa que também conhecemos o desfecho dos nossos pacientes mais a longo prazo. Muito nos gratifica saber que aquele árduo trabalho inicial nos momentos mais críticos contribuiu para uma boa recuperação a longo prazo”, conclui Carla.

fonte: https://www.ghc.com.br/noticia.aberta.asp?idRegistro=27560